segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PROJETOS INACABADOS

Ronie: É isso que eu faço, mãe. Eu afasto as pessoas de mim...
[...]
Mãe de Ronie: Você não é perfeita. Ninguém é perfeito. Nós cometemos erros, fazemos besteiras, mas depois nós perdoamos e seguimos em frente. Meu amor, pelo menos você tem a coragem de sentir. Você sente tudo tão intensamente.
(A ultima música)

É possível voltar a trás... Não preciso seguir sempre em frente e nunca olhar para trás, é possível voltar e consertar os erros do passado. Não preciso deixar sempre algo a ser terminado, algo não findado, amontoar pendências que eu nunca consertarei... Não quero projetos inacabados, vidas incompletas, sorrisos como fachada. Eu preciso voltar, eu preciso de vocês, preciso rever minhas decisões, minhas escolhas, minhas palavras. Eu preciso aprender a mudar, a reconhecer que não estou certa o tempo todo, embora o tempo todo saiba disso. Não é sinal de fortaleza conviver com meus erros e com as conseqüências deles, bem como conviver com os seus erros como se eles fossem imperdoáveis, mas é ser fraca, e não ousar lutar pelo amor. Precisamos de uma chance... Eu to ficando adulta e continuo repetindo a mesma historia inacabada, os conflitos não resolvidos, a lagrimas não choradas, continuo não terminado meus contos, minhas coisas. Vocês não sabem quem eu sou. Conhecem apenas um carcaça velha dura de orgulho e tristeza, eu juro que eu não sou isso. E eu no fundo acredito que vocês não são esses com a qual eu convivo diariamente. As pessoas são sempre mais do que a vida fez com elas, elas são aquilo elas fizeram com o que foi feito delas... A tempo eu tento desvendar por que não consigo chegar ao fim de nada, sempre em parcelas sempre inacabadas. Eu deixei pendências no passado, dores no passado, rancor no passado, num passado não resolvido, que eu prossigo tocando pra frente, para um dia a mais. Eu não conheço vocês, eu nunca tentei conhecer, era como se fosse minha vingança, não deixar que soubessem de mim e nem eu saber nada de vocês. Eu afasto as pessoas de mim... Mas eu sinto e sinto sempre... Perdoar por mim mesma, nunca serviu de incentivo pra mim, afinal de contas, eu não liguei muito para mim mesma. Um orgulho inquebrantável me faz seguir sempre em frente e não olhar atrás, tropeçando sempre nas mesmas pedras, caindo sempre dos mesmos barrancos, sofrendo sempre as mesmas dores, sem desviar do mesmo caminho, me jogando dos mesmos abismos... É mister mudar de rota!  As pessoas precisam de suas famílias para ser felizes, precisam se sentir parte de algo maior que elas. Embora minha vontade seja sempre fugir, deixar sempre algo a ser acabado, esquecer, esquecer, perder as palavras, o raciocínio, apagar a lembranças, jogar fora minha historia e começar de novo num lugar bem distante. A asa da minha galinha sempre vai ser a mais quentinha, posso ate achar outros abrigos, outros aconchegos, mas eles nunca serão como o meu lar. Eu preciso de vocês! Eu nunca pedi, sempre achei que não era mais que obrigação por serem meus pais. Mas hoje adulta eu preciso pedir para ter, perdão para receber. Preciso terminar o conto da minha história.Nunca garantiremos concordia o tempo todo, nem mesmo o compactuar das mesmas opniões, dos mesmos pensamentos, chega uma epoca que os filhos precisam ousar e sair do casulo, mas voar por ai com asas feridas não fará com que esses voem muito alto, uma hora ou outra vão cair por ai numa imensidão vazia, bem longe do casulo...  



Um comentário:

Suzana disse...

assisti a esse filme nesse find.

(P)ostagens Anteriores

Powered By Blogger

Total Pageviews