sábado, 30 de julho de 2011

Soneto de contrição


"Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?"

(Shakespeare) 
Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma o teu encanto.

Como a criança que vagueia o canto
An te o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.

Não é maior o coração que a alma
Nem a melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma...

E uma calma tão feita de humanidade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida
(Vinícius de Morais)

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