"Sendo o fim doce, que importa que o começo
amargo fosse?"
(Shakespeare)
Eu te amo,
Maria, eu te amo tantoQue meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma o teu encanto.
Como a criança que vagueia o canto
An te o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.
Não é maior o coração que a alma
Nem a melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma...
E uma calma tão feita de humanidade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida
(Vinícius de Morais)
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