sábado, 7 de abril de 2012

No armário da recordação

"Não há espaço em mim para outras entregas, nem para paixões cegas."





Esgotou-se minha potencialidade para fantasias
Tudo que tinha gastei
Perdidas foram na força do vento
Não há como tomar de volta, pois o vento levou
E ninguém sabe se  sementes jogadas ao vento fecundam jardins distantes

Agora me dizes que teu jardim tem rosas que são minhas
Rosas que eu não plantei, não reguei
mas o vento levou e ai nasceram
Rosas que se eu quisesse enfeitariam meu coração


Mas em meu jardim aqui distante
já não nascem rosas com facilidade
Fechado e escondido, espera o tempo do descanso passar
Sem o qual jamais nascerão rosas de novo

Perdoe meus espinhos,
nas rosas que o tempo cultivou
Quando elas já não viverem,
as guarde com carinho nos armários da recordação,
dentro de uma caixa decorada com um laço rosa

Mas principalmente...
Não esqueça de me mandar por carta
Embrulhadas com muito amor e boas sensações.
(Bela Malta)

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