Faz exatamente nove meses que me afastei do que mais amava fazer nesse espaço virtual: escrever. Hoje estou de volta para compartilhar pensamentos originados a pouco mais que um mês atras. E... de volta ativa. Quem eu sou não faz o mesmo sentido sem as palavras que me perpassam.
Estou a experimentar uma paz que excede todo entendimento. Diante das circunstancias da vida enxergo possibilidades, degusto esperanças que promovem em mim expectativas. Me vejo hoje como alguém pronta para refazer percursos, tapar brechas e restaurar edificações. Aquele sentimento de desespero e desamparo hoje dar lugar a firmeza de passos orientados a objetivos plenos de direção. Aquela angústia experenciada por tanto tempo me proporcionou humildade e simplicidade diante do sofrimento humano.
Eu ainda não venci, talvez ainda não tenha nem saído do lugar, do lugar físico, por que dentro de mim avancei milhas. Aprendi com meus erros, cresci com minhas amplas dúvidas. Aprendi que fazer escolhas não é fácil e que é preciso uma pitada de obstinação quando o assunto é paixão.
Você pode ser uma pessoa perdida em meio a certezas e dúvidas, mas quando um ímpeto ardente pulsar em seu coração, quando em meio a falta de sonhos surgir dentro de você uma chama que te dar forças/motivos para conquistar e vencer impossibilidades, deixe-se iluminar por esta pequena luz que insiste em permanecer acessa. Ela clareará teus caminhos e te dará ânimo quando mais nada der certo e lágrimas falarem em teu silêncio.
Irás entender que a lugar nenhum chegarás sozinha, mas que ninguém poderá realizar aquilo que compete a você.
Olho para o horizonte e vejo que caminhei tão pouco, as vezes na direção errada, as vezes como os pés vacilantes e o coração pesado. Quando olho para trás vejo decisões cruciais, as quais não posso fazer juízos de valor (nem quero), tomadas sem tanta segurança. Afinal, como saberia eu como seria se não as tivesses tomado ou se tivesse feito diferente? Sem submete-las a tais juízos, engessados por uma visão limitada da existência, vejo nelas possibilidades de viver o que sem elas não viveria. Prossigo sem saber como seria o não ser.
Me alegro por não ter desistido de um sonho de juventude, ainda que por isso tenha desfocado meu olhar das ríspidas obrigações da vida adulta. Me entristeço por não ter sido madura o suficiente para enfrentar minhas crises como a maior redução de danos possíveis. Me entristeço por ter decepcionado a uns e por ter amado de menos a outros, contudo me alegro por que ainda existe em mim vida, enquanto assim permanecer continuarei refazendo meu destino, recriando e reconstituindo oportunidades, que nunca serão as mesma que as de ontem, nem me trarão os mesmo frutos que trariam, mas enquanto houver vida todos merecem uma segunda chance.
Em todos esses percursos eu nada seria sem TI.
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