quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Carta a intolerância

Cara! Cansei de gente intolerante. Cansei de ser eu uma intolerante. As pessoas e as coisas š tantas, múltiplas, distintas, diversas. Cada qual com suas crendices, crenças, certezas. No dia que eu consegui olhar pra o outro com total respeito e aceitação, me enxergar como mais um ser ínfimo porém não insignificante num universo gigante e o outro da mesma forma, ainda que tudo aquilo que o outro é me cause total repulsa, é que apartir daí eu entenda que eu preciso aceitar também que o que eu sou, como sou, é distinto, é particular, foi forjado diante de situações pontuais no espaço e no tempo, viver se torne mais aceitável e significativo.
Existem verdades e todas elas são aproximações, tentativas de apropriação do real. A ciência, a religião, o senso comum, tudo converge para um único fim: dar sentido à vida. Sim! Dar sentido, linguisticamente falando. Criar sistemas de raciocínio descritores e explicadores do real a qual defendem e acreditem. Quando vc se dar conta da falibilidade das suas teorias a sensação é a seguinte: medo, desapropriação, sente-se sem chão, perdido, desorientado, mas com o tempo e a maturação dessa nova descoberta... Que alívio!
Nos humanos não conseguimos viver sem nossas teorias por mais simplistas que sejam e respaldadas na experiência concreta. O conhecimento científico em sua abstração generalização nos dá um arcabouço imenso de outras possibilidades de leitura da experiência concreta e abstrata e isso expande horizontes, mais especificamente nossa capacidade cognitiva.
Sou apaixonada pelo conhecimento científico, mas jamais farei dele minha fé, é apenas mais uma aproximação, talvez a mais racional, só que isso não faz dele a mais certa nem única.
Toda essa divagação foi  para dizer, primeiro pra mim que gosto e tento compartilhar meus conceitos dando valor a umas e outras coisas de acordo com os mesmos, que é preciso tolerar, talvez nem sempre compreender, mas compartilhar a tolerância, auto conhecer-se em nossas certezas, teorias, fé e jamais fazer deste o único padrão aceitável.

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