quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Com reticências


[Foto: Junia Lane]
Meus olhares escondidos.
Com a cara na vida.
Retribuo a luz que recebi.
Com meus versos contei de mim,
do não-ser que esteve em meus ombros.
Articulei as mais belas canções
partidas do mais profundo da alma.

Com o pé na estrada,
me despeço aos prantos. Mentira!
Não se esculta prantos,
só passos em direção à janela,
à porta, à saída.
Não se dá adeus quando se pretende voltar,
nem se volta quando nunca se foi,
mas a sem volta ida
mostrou que as voltas consigo mesmo
se encontrou em todo tempo



Como o olhar na memória
me encontro encontrada
Salva de tudo que acreditava
Que por acreditar desacreditava
de tudo que era de aprazível beleza
Achei borboletas e cangurus
Eles me sinalizavam está perto
de onde acreditava chegar um dia

Com as mãos na mão
Duas mãos
Duas certezas:
-Quem dera ter achado antes...
-Vale(ria) a espera.
E o adeus.
Entre os parênteses vai o porém.
(Bela Malta)

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