segunda-feira, 1 de abril de 2013

A ponte



|Talvez ele tivesse razão... Se ela o amasse de verdade ela o iria esperar, mas amar era uma palavra forte demais para algo ainda não existente.
|Ela não aceitava ter que esperar, não por que achasse que não valesse a pena, mas por que não entendia o sentido de esperar sem certeza alguma, sem previsões, nem ao menos com a leve esperança de que o teria no final das contas.
|Depois de tudo nem ela mais sabia se o amava, nem mesmo o que viria a ser o amor, ou pelo menos se seria sensato arriscar construir um tal amor sobre tantas incertezas, sob um céu estrelado, mas sem proteção alguma, sujeito as intempéries do vivido.
|Por algum tempo esperou respostas audíveis, contrárias a tudo aquilo que criara suas dúvidas; O silencio, sua resposta, aceitação e concordância com tudo que lhe expôs ao temer, sua exegese.
|Tal ser estava distante demais para que ela em esforço individual construísse as pontes, as benditas que os manteriam a salvo de perderem-se um do outro.
|No fim, parecia que desde sempre existiu sentido pra suas ações e palavras insanas em nível de loucura e precipitação. Mas não, ela os criou depois mesmo. Depois que teve que aceitar a perda terrível que lhe tinha sido imposta.
|Hora ou outra se pegava chorando, pedindo a Deus para estar errada e para tê-lo de volta, sem que para isso precisasse voltar atrás, já que não houvera nem haveria certezas. Nem mais se importava com elas, apenas queria estar errada. De fato ansiava está profundamente errada, para que assim errada pudesse sonhar com ele novamente, contudo, desperta, e não enquanto dormia como lhe era de costume.

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