|Talvez ele tivesse razão... Se ela o
amasse de verdade ela o iria esperar, mas amar era uma palavra forte demais
para algo ainda não existente.
|Ela não aceitava ter que esperar, não
por que achasse que não valesse a pena, mas por que não entendia o sentido de
esperar sem certeza alguma, sem previsões, nem ao menos com a leve esperança de
que o teria no final das contas.
|Depois de tudo nem ela mais sabia se o
amava, nem mesmo o que viria a ser o amor, ou pelo menos se seria sensato
arriscar construir um tal amor sobre tantas incertezas, sob um céu estrelado,
mas sem proteção alguma, sujeito as intempéries do vivido.
|Por algum tempo esperou respostas
audíveis, contrárias a tudo aquilo que criara suas dúvidas; O silencio, sua
resposta, aceitação e concordância com tudo que lhe expôs ao temer, sua
exegese.
|Tal ser estava distante demais para
que ela em esforço individual construísse as pontes, as benditas que os
manteriam a salvo de perderem-se um do outro.
|No fim, parecia que desde sempre
existiu sentido pra suas ações e palavras insanas em nível de loucura e
precipitação. Mas não, ela os criou depois mesmo. Depois que teve que aceitar a
perda terrível que lhe tinha sido imposta.
|Hora ou outra se pegava chorando,
pedindo a Deus para estar errada e para tê-lo de volta, sem que para isso
precisasse voltar atrás, já que não houvera nem haveria certezas. Nem mais se
importava com elas, apenas queria estar errada. De fato ansiava está
profundamente errada, para que assim errada pudesse sonhar com ele novamente,
contudo, desperta, e não enquanto dormia como lhe era de costume.
Nenhum comentário:
Postar um comentário