“É
sempre mais emocionante persistir em querer coisas que não podemos ter.”
Ele tinha outros beijos, mas queria os
dela. Tinha outros abraços, mas era em seus braços que ele gostaria de
permanecer. Ele recebeu sorrisos, afetos e outros convites, mas era dela que se
esmeraria em tirar os melhores sorrisos, era com ela que queria ir a esquina,
era com ela que passaria o dias frios sob cobertas, ou os de calor numa praia
qualquer.
E não importa quanto tempo passasse e para quantas jurasse paixão e
encanto, no final do dia, depois de um dia de trabalho era sua voz, sua pele,
seus cabelos, seus sorrisos, seu silencio, suas ideias loucas que ocupava lhe o
pensamento. Era sua própria ideia louca de casar-se com ela, de aguentar sua
chatice, de enlouquecerem juntos num sábado qualquer, ao som de uma melodia sem
graça e de passos imprecisos sob a luz do luar, de leva-la com ele para lugares
inusitados, de envelhecerem juntos e de dela fazer sua própria carne que
parecia mais real que a distancia sem fim que os separava.
(Bela Malta)
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