O seu povo será o meu povo e o seu Deus o meu Deus

Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. (Jó 19:25)

Não podia deixar de perceber que já não era a mesma, que em seu coração se erguia mais uma esperança, que seu coração agora batia tão mais forte por Aquele que a criou como única como nunca antes. Não lhe era emoção, não se tratava de sentimentos, não estava sensibilizada por causa alguma. Era a verdade que pulsava em sua veias, a certeza de que o mundo estava ali, e sobre ele o Eterno, o mesmo das eternidades e eternidades, havia coerência, havia solução. Ela existia e não deixava de existir, insistia pois lhe valia a vida, pois o seu Adonai lhe mostrara a vida. Não reivindicava mais rótulos sobre si, e sobre si trazia a bandeira de um povo distante, que ela sabia, embora sempre soube, que era o povo sobre a qual a promessa se cumpriria, que se cumpriu e habitou entre nós. Sua fé já não lhe era fardo, tirarão-lhe o peso e não lhe
envergonhava aqueles que ao Pai envergonham em seu próprio nome. Sua identidade não vinha de homens puramente e isso muito a regozijava. Agora estava pronta para alargar a tenda e ser luz, pequeninamente luz. Era disso que agora se enchia seu coração e não de culpas...

"Esperança é ouvir a melodia do futuro; fé é dançá-la"

(Rubem Alves)